O tema do nosso post de hoje é, novamente, o jejum. O texto a seguir é um resumo de um post escrito pelo pastor Luciano Subirá para
o site Orvalho.com. Para ler o texto completo é só clicar aqui (aconselho que o faça, o texto é muito bom).
“O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período
definido e propósito específico. Tem sido praticado pela humanidade em
praticamente todas as épocas, nações, culturas e religiões. Pode ser com
finalidade espiritual ou até mesmo medicinal, visto que o jejum traz tremendos
benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo. Mas nosso enfoque
é o jejum bíblico. Muitos cristãos hoje desconhecem o que a Bíblia diz acerca
do jejum. Ou receberam um ensino distorcido ou não receberam ensinamento algum
sobre este assunto.
Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum
praticar, isto é algo pessoal. Mas a prática do jejum, além de ser recomendação
bíblica, traz consigo alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos.
A BÍBLIA ORDENA O JEJUM ?
Não. No Velho Testamento, na lei de Moisés, os judeus tinham um único
dia de jejum instituído: o do Dia da Expiação (Lv 23.27), que também ficou
conhecido como “o dia do jejum” (Jr 36.6) e ao qual Paulo se referiu como “o
jejum” (At 27.9). Mas em todo o Velho e Novo Testamento não há uma única ordem
acerca de jejuarmos. Contudo, apesar de não haver um imperativo acerca desta
prática, a Bíblia esta cheia de menções ao jejum. Fala não apenas de pessoas
que jejuaram e da forma como o fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e
nos instrui na forma correta de faze-lo.
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6.16-18).
O jejum pode ser uma prática vazia se não for feito de maneira
correta. Isto aconteceu nos dias do Velho Testamento, quando o povo começou a
indagar:
“Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?” (Is 58.3a).
“Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos
vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que
jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando
assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.” (Is 58.3b,4).
O PROPÓSITO DO JEJUM
Gosto de uma afirmação de Kenneth Hagin acerca do jejum: “O
jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas,
jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de
Deus”. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou misericordioso para conosco,
ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade de romper com as
barreiras e limitações da carne. O jejum deixará nosso espírito atento pois
mortifica a carne e aflige nossa alma. Jesus deixou-nos um ensino precioso
acerca disto quando falava sobre o jejum:
“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.” (Mc 2.22).
Com essa ilustração Jesus estava ensinado-nos que o vinho novo que Ele
traria (o Espírito Santo) deveria ser colocado em odres novos, e o odre (ou
recipiente do vinho) é nosso corpo. A Bíblia está dizendo com isto que o jejum
tem o poder de “renovar” nosso corpo. A Escritura ensina que a carne milita
contra o espírito, e a melhor maneira de receber o vinho, o Espírito, é dentro
de um processo de mortificação da carne.
Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as coisas
por si mesmo, mas não podemos ter o enfoque errado. Quando jejuamos, não
devemos crer NO JEJUM, e sim em Deus. A resposta às orações flui melhor quando
jejuamos porque através desta prática estamos liberando nosso espírito na
disputada batalha contra a carne, e por isso algumas coisas acontecem.
Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne; portanto, ao jejuar
estamos removendo o entulho da carne e liberando nossa fé para se expressar.
Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta
de jejum (Mt 17.21), ele não limitou o problema somente a isto mas falou sobre
a falta de fé (Mt 17.19,20) como um fator decisivo no fracasso daquela
tentativa de libertação.
O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o
que Cristo fez na cruz e a autoridade de seu nome. O jejum em si não me faz
vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais
conscientes da autoridade que nos foi delegada.
A DURAÇÃO DO JEJUM
Quanto tempo deve durar um jejum? A Bíblia não determina regras deste
gênero, portanto cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua.
OBS: A Bíblia fala de Moisés (Ex 34.28) e Elias (1 Re 19.8) jejuando
períodos de quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições
especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40
dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi envolvido pela glória divina.
O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo
lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma
comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.
Muitas pessoas erram ao fazer votos ligados à duração do jejum… Não
aconselho ninguém fazer um voto de quanto tempo vai jejuar, pois isso te
deixará “preso” no caso de algo fugir ao seu controle. Siga o conselho bíblico:
“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras”. (Ec 5.4,5).
PODEMOS FALAR QUE ESTAMOS JEJUANDO ?
Algumas pessoas são extremistas quanto a discrição do jejum, enquanto
outras, à semelhança dos fariseus, tocam trombeta diante de si. Em Mateus
6.16-18, Jesus condena o exibicionismo dos fariseus querendo parecer
contristados aos homens para atestar sua espiritualidade. Ele não proibiu de se
comentar sobre o jejum, senão a própria Bíblia estaria violando isto ao contar
o jejum que Jesus fez… Como souberam que Cristo (que estava sozinho no deserto)
fez um jejum de quarenta dias? Certamente porque Ele contou! Não saiu
alardeando perante todo mundo, mas discretamente repartiu sua experiência com
os seus discípulos.
CONCLUINDO
Encerro desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você
descobrirá que o poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de se medir
com palavras. A experiência fortalecerá aquilo que temos dito. Que o Senhor
seja contigo e te guie nesta prática!”