Dardos inflamados



Por Fernanda Ferrari

Semana passada identifiquei um dardo inflamado em minha vida, algo que me foi lançado em minha mente pelo inimigo para me enganar e me fazer mal. Mas como guerreira de Deus, apaguei esse dardo com minha fé. Estando eu dentro de uma guerra (espiritual) e junto a um exército de guerreiros espirituais (o meu ministério) entendi que que se eu fui atingida por um, meus companheiros também poderiam estar debaixo dessa mesma nuvem de flechas. Então veio ao meu coração trazer essa palavra.

Efésios 6:12 a 17

“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;”

Entenderemos a frase destacada do versículo em três tópicos:



1-Dardos inflamados do maligno.

O que são dardos? São flechas, setas, dardos lançados. Inflamados = com fogo. Antigamente, nas guerras, as flechas eram envoltas em estopa embebida em substância combustível e então acesa. Os escudos eram feitos de madeira, assim pegavam fogo.

O maligno lança dardos inflamados em nós, afim de atingir as nossas mentes (pensamentos).
Sabemos que a maior parte da batalha espiritual que passamos não ocorre do lado de fora dos nossos membros, mas dentro de nós, é na mente que as grandes batalhas se travam e os dardos inflamados do maligno são costumeiramente lançados lá.

Esses dardos vem como sentimentos de ansiedade, medo, preocupações, dúvidas, intriga, ciúmes, perturbação, malícia, sentimento de incapacidade, palavras lançadas sobre ti pelo seu próprio pensamento.

As línguas dos homens também agem como dardos, que são planejados pelo maligno com o intuito de queimar e te destruir. O maligno é um estrategista e sabe como atacar cada um de nós. Ele não é onisciente, mas através de seus soldados, observa cada pessoa, buscando em sua vida brechas por onde possa atacar seus dardos. Ele não sabe o que se passa em sua mente (pois somente Deus tem essa capacidade), mas pode saber pela reação esboçada pela pessoa que é atingida. Ele sopra uma ideia suja, um pensamento estranho à sua real vontade, tentando convencê-lo daquilo que você talvez nunca desejou.

O objetivo do maligno é destruir a fé, e uma das armas mais usadas para isso é convencer as pessoas que elas não tem mais salvação devido às coisas que passam por suas mentes. O diabo lança os dardos, e ele próprio te acusa e te aponta por conta delas, esmorecendo a sua fé.



2-Proteção de um escudo da fé.

“Escudo”, no dicionário significa: arma defensiva para livrar dos golpes de espadas ou lanças; amparo, defesa.

Nas antigas batalhas, o escudo de madeira era revestido de couro para não pegar fogo.
Assim como dito por Paulo em efésios (“...embraçando o escudo da fé...”), o nosso escudo, a nossa defesa, o nosso amparo diante desses dardos é a fé (“...com o qual podereis apagar todos os dardos...”).

Você só pode fazer o que a sua fé diz que você pode, se a sua fé diz que pode, então você pode, você consegue, você é, ela te protege. Se a sua fé acha que você não pode, então, você não pode, você não é capaz, você não é, a sua fé não foi o suficiente para te proteger.

A fé te protege dos dardos. Se você não tiver a fé para te proteger, dardos de dúvidas, de confusão, te atingirão, até a sua mente levar o seu coração a descrença.

Então fortaleça a tua fé, revestindo seu escudo de couro, enchendo e protegendo a sua mente e o seu coração com as palavras da Bíblia Sagrada. Porque a Palavra reabastece a nossa fé, é nela que encontramos amparo. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Romanos 10:17). Quando o inimigo atacar tentando matar, roubar e destruir, se tu confessares a Palavra, tu submeterás o mal. “Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.” (Romanos 10:11). 

“Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.” (Salmos 119:114). Quando os dardos do maligno tentarem atacar as tuas emoções gerando ansiedades, medos e preocupações, recorra ao teu escudo da fé, vá ler a sua Bíblia Sagrada. Portanto, a Bíblia é a nossa autoridade. Eu posso ser, ter, fazer, o que a Bíblia diz que eu posso. Se o dardo que me atingiu (um pensamento) diz que eu sou incapaz, mas a minha fé abastecida pela Palavra diz que eu sou capaz, é nisso que vou crer, e através da minha fé eu consigo.


Não podemos deixar o escudo em casa porque todos os dias haverá dardos, notícias, dificuldades. “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” (Salmos 119:11). Guardar a palavra no coração! Assim como um médico guarda os ensinos para salvar uma vida em uma emergência, tenha a palavra na mente e no coração para se proteger.

Hebreus diz que a fé não é uma emoção. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” (Hebreus 11:1). Portanto a fé não está baseada em ilusões e otimismos, a fé é uma certeza, um dom de Deus, (Dom = uma capacidade dada por Deus), “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8).

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3- O seu exército.

Estamos situados em uma batalha espiritual, em que você tem um escudo da fé, que te protege dos dardos inflamados lançado pelo maligno; e em uma batalha, um guerreiro pertence a um exército.

Não é correto que um soldado/guerreiro se volte para um soldado do mesmo exército que o seu, afinal eles estão do mesmo lado, e lutam contra ou a favor de algo em comum, ajudando um ao outro e vencem juntos.

Mas há cristãos, sendo usados pelo diabo (Misericórdia irmã! Mas sim, acontece...), são cristãos que abrem brecha e suas bocas são usadas para lançar dardos em outros cristãos, falam mal dos pastores, dos ministros, falam pro irmãozinho da igreja que ele não é capaz, ou que o sonho dele é impossível, que o milagre é difícil demais, ou que o ministério dele é um engano. A palavra proferida atinge os pensamentos, e o dardo está lançado.

Aí entra em ação o escudo da fé, que te protegerá dessa palavra falsa lançada sobre você, rebatendo-a no seu interior com as palavras que você buscou na Bíblia.

E cuidado, você! Para não ser o soldado que lança dardos sobre o próprio exército, vigie sua boca, há poder em suas palavras. Proteja seus irmãos de palavras de zombarias e desincentivos lançadas sobre eles, com seu escudo de fé, proteja-o com palavras de fé!

Haja com fé para proteger a si e a seu exército.


“Sua mente afeta sua boca e sua boca afeta sua mente. Cuide dos seus pensamentos. Vigie sua boca.”